5 gastos mensais envolvidos na aquisição e manutenção de um veículo

Ter um veículo, apesar das facilidades de locomoção, deve ser algo previamente pensado. Afinal, o carro nunca vem sozinho e o futuro motorista precisa estar ciente de que, além do custo de aquisição, há outras despesas, como imposto, manutenções, seguro etc. Muitos desses gastos mensais com veículos podem significar um preço alto para o proprietário e que impactam no orçamento.

Para esclarecer melhor essa questão, separamos os principais gastos envolvidos em ter um carro. Entenda!

Será que vale a pena ter um carro próprio?

De fato, o transporte nas grandes cidades é um símbolo de independência. Poder ir e vir na hora que quiser, com conforto e sem precisar da disposição de outros, definitivamente, são alguns dos motivos que fazem muitos comprarem um carro. A grande questão é que, ao ir atrás do seu próprio veículo, o proprietário vai se surpreender em como o custo-benefício não é tão agradável assim.

Vejamos: para comprar um carro, o interessado provavelmente buscará um financiamento, já que, pelo preço de um automóvel, hoje em dia, é bem difícil que ele consiga arcar com essa despesa à vista.

Depois, terá que lidar com o imposto, o seguro DPVAT, que é obrigatório, além das manutenções e revisões que, se não forem feitas, poderão trazer graves consequências para o desempenho do veículo.

Então, o motorista ainda precisará lidar com o fato de que o carro que ele adquiriu sofrerá depreciação com o tempo, fazendo com que parte do investimento inicial seja perdido, visto que o valor diminuirá para o mercado.

Dito isso, no final das contas, o custo-benefício pode pesar muito no bolso, e, por mais que ter um bem como esse traga vantagens de locomoção, é preciso analisar todos esses detalhes e fazer um bom planejamento antes de investir nessa ideia.

A seguir, vamos apresentar com mais detalhes todos os gastos que um carro pode trazer.

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 Quais são os gastos mensais com veículos?

1. Custos de aquisição e depreciação

Como salientamos no início do texto, o preço de um carro não é barato — o comum é encontrar veículos de R$ 40 a 60 mil e esses são os “mais em conta”. Normalmente, nesses casos, o financiamento é a opção mais viável, uma despesa que leva anos para ser quitada.

Não será surpresa constatar que, pelos juros que pagará durante esses anos — uma média de 2,15% ao mês e 29,08% ao ano—, o motorista poderia comprar um novo veículo. Para se ter uma ideia do custo, por exemplo, o proprietário teria que separar, pelo menos, quase R$ 700 por mês para quitá-lo em 60 vezes.

Além disso, há o risco de depreciação do veículo. Suponhamos que o motorista tenha comprado um carro 1.0 em 2014. Como a tendência é ele desvalorizar, em média, 15% ao ano, de 2014 para cá, dependendo do modelo e das condições, o proprietário pode chegar a perder quase R$ 2.900.

2. Manutenções necessárias

Não tem jeito: se o motorista quer utilizar o seu veículo por muitos anos, as manutenções deverão ser uma rotina em sua vida de condutor. Por exemplo, esquecer-se de trocar o óleo pode acarretar problemas no motor que impedirão o uso do carro e custarão 20 vezes mais.

A manutenção, junto à revisão, é um procedimento necessário para que o desempenho do carro não seja afetado e para a prevenção de problemas futuros.

Contudo, são gastos que podem pesar no bolso do motorista. Dependendo da quilometragem e do tempo de uso, um veículo 1.0, comprado em 2014, por exemplo, pode chegar a desembolsar, em média, R$ 4 mil desde sua aquisição.

3. Consumo de combustível

Aqui, estamos falando de um dos gastos mais constantes que um carro apresenta. Para a maioria que possui um automóvel, esse tipo de despesa com o combustível é uma verdadeira aflição. Afinal, é um custo que está sempre passando por variações de preço — o litro de gasolina, atualmente, está quase R$ 5.

Um motorista que gasta 20 km para ir e voltar do trabalho e utiliza dois litros, em média, para fazer esse percurso pode gastar, pelo menos, R$ 220 por mês. Isso sem falar dos eventos e passeios periódicos que podem surgir durante os finais de semana.

4. Documentação

É impossível ter um carro e conduzi-lo legalmente sem estar com a documentação em dia. Dito isso, os custos para manter esses assuntos podem ser bastante salgados para o bolso. Primeiramente, há o seguro, que, hoje em dia, é quase impossível não contratar, já que representa um investimento para manter o patrimônio assegurado.

Dependendo do local e do veículo — por exemplo, se for um veículo 2014 1.0 —, o seguro pode ficar em torno de R$ 2 mil, fazendo com que o proprietário pague, pelo menos, R$ 170 por mês.

Além disso, há a renovação do licenciamento anual, o seguro obrigatório ou DPVAT, as taxas de expedição da documentação, IPVA e as multas. Todos esses gastos podem chegar a uma média de R$ 200 por mês. Juntando essas despesas, o motorista tem que pagar, aproximadamente, R$ 370 mensais.

5. Revisões

Além das manutenções, as revisões são um passo importante para evitar imprevistos e são obrigatórias. Uma questão relevante, nesse caso, é que elas precisam ser agendadas de acordo com aquilo que está no manual do carro. O motorista pode definir períodos espaçados para levar o seu veículo — por meses, nesse caso, a cada semestre; ou por quilometragem. O que se recomenda, de forma geral, é a cada 10 mil km ou um ano de uso, o que ocorrer primeiro.

É provável que, durante as revisões, ele encontre alguns problemas e tenha que arcar com novas peças para se prevenir de danos. Os gastos com as revisões podem chegar a mais de R$ 400,00, dependendo do veículo, da quilometragem, do tempo de uso e do local.

Qual é a alternativa para economizar?

Bem, ter um carro realmente traz algumas despesas que pesarão no bolso, e não há jeito de evitá-las. Muitas são necessárias para manter o desempenho e a conservação do veículo, além de serem importantes para a documentação do proprietário.

Para exemplificar isso, vamos usar novamente o nosso modelo de 2014, um Volkswagen Gol. Com tudo que foi mostrado aqui, o custo mensal do nosso veículo ficaria em torno de R$ 2.864,50, incluindo gastos com mecânico, troca de óleo, seguro etc.

Claro que o interessado pode realizar um planejamento prévio para lidar com esses custos e, assim, obter o seu veículo. Porém, é preciso analisar se realmente vale a pena ter um carro nesse momento e se não há alternativas.

Por exemplo, se o objetivo é ter um meio de locomoção para ir a viagens ou passeios, alugar um veículo pode ser uma opção mais viável, ou mesmo, para ir trabalhar. Hoje em dia, existem locações de carros que permitem fechar planos mensais, e as únicas coisas com que o motorista precisa se preocupar são: mensalidade e combustível.

Bem, com essas informações que colocamos aqui sobre os gastos mensais com veículos, ficou claro que esse tipo de aquisição tem muitas despesas e que pode pesar bastante no final do mês. Portanto, voltamos a ressaltar como é importante analisar bem os custos antes de adquirir esse tipo de bem.

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*Os valores apresentados ao longo do artigo são referentes ao período em que foi redigido: Setembro de 2018.