Quando se pensa em turismo em Minas Gerais, a primeira coisa que vem à cabeça são as cidades históricas, não é mesmo? Elas são recheadas de belas atrações, mas não são os únicos lugares para se conhecer no estado.
Se contato com a natureza e viagens para paraísos escondidos interessam você, o Parque Estadual do Rio Doce é uma grande opção de roteiro.
Criado em 1944, na Região Metropolitana do Vale do Aço, o local é umas das principais regiões de proteção à biodiversidade do estado, com a maior área de Mata Atlântica preservada em Minas Gerais.
Já ouviu falar sobre esse paraíso perdido em MG? Confira nosso post e saiba mais sobre o Parque Estadual do Rio Doce!
Quais as principais características do Parque?
O parque tem quase 36 mil hectares de patrimônio natural. É o primeiro parque de Minas Gerais e tem uma grande área preservada.
Além disso, nele se encontra um dos maiores sistemas de lagos do Brasil, são 40 lagoas naturais situadas no local, ficando atrás apenas do Amazonas e do Pantanal
Sua área preservada conta com árvores centenárias, como o jequitibá, a garapa, o vinhático e a sapucaia. Na região do parque podem ser encontradas cerca de 10 mil exemplares de flora, reforçando a diversidade de espécies presente.
Quanto à fauna, muitas são as espécies catalogadas por lá, como a capivara, a anta, o macaco-prego e algumas espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, o macuco e o mono-carvoeiro.
Sem contar a grande diversidade de peixes, que servem de instrumento para estudos e pesquisas. É possível observar espécies como cará, lambari, cumbaca, manjuba, bagre, tucunaré, entre outras.
O que fazer no Parque Estadual do Rio Doce?
Com tanta natureza, não faltam atividades para aqueles que curtem explorar ou relaxar em meio às belezas e sons naturais.
O parque conta com muitas trilhas, daquelas mais curtas e rápidas até as longas que necessitam de guias e acompanhamento. As trilhas são repletas de informações sobre o parque e a natureza ao longo do caminho.
Além disso, com as 40 lagoas que o Parque Estadual do Rio Doce dispõe, não faltam peixes por lá, e a pesca esportiva é liberada no local. Se sua intenção for essa, vale a pena conferir as normas e ter uma licença para a atividade, que pode ser provisória ou definitiva e tem diferentes taxas.
A carteira para pesca amadora é obrigatória para o exercício da atividade e deve ser feita através do Instituto Estadual de Florestas ou pelo Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Também é possível nadar nas lagoas, porém com limitações pela profundidade da água. E, mais do que isso, é importante ressaltar a beleza de observar os pássaros, fazer um sáfari noturno, andar de barco, ver um pôr do sol incrível, estar mais perto da natureza e conhecer espécies novas.
Quais são as atrações principais?
Ponte Queimada
Construída na década de 30, sobre o rio Doce, essa ponte ainda mantém a estrutura original, com pilares de concreto, ferro, tabuleiro, guia de roda e madeira. Com 800 metros de extensão, ela era caminho para o escoamento da produção de carvão no passado.
Não se sabe ao certo o porquê de seu nome, mas duas são as principais versões: uma, de que a passagem foi queimada pelos índios locais, a segunda, de que o fogo foi provocado por soldados que levavam presos para Caratinga.
Lagoa Dom Helvécio ou Lagoa do Bispo
Essa é a lagoa mais conhecida das 40 presentes no Parque Estadual do Rio Doce. Ela tem cerva de 7 km² de espelho d’água e até 39 m de profundidade.
No local é possível pescar, alugar caiaques, pedalinhos, barcos a remo e motorizados. O banho também é permitido na área chamada prainha.
Memorial Dom Helvécio
O turismo religioso sempre faz parte dos passeios em Minas Gerais, não é mesmo? E no Parque também não falta uma Capela, conhecida como Nossa Senhora da Saúde.
O local tem um oratório com altar. Em uma pequena mata, ficam os bancos dos fiéis. Todos os anos, no mês de julho, é realizada uma romaria para comemorar a criação do Parque.
Mirante
O mirante em forma de lagarto atrai muitos visitantes, que podem acessá-lo por meio da escadaria, que é muito bem iluminada para as contemplações noturnas.
O local é dividido em dois: em um lado, encontram-se placas com a rosa dos ventos, que apontam para alguns municípios, e aí, é possível contemplar a paisagem em 360º.
O segundo nível está aproximadamente a 13 m em relação ao nível do solo, de onde é possível avistar a mesma paisagem do primeiro nível, mas com maior amplitude. As visitas podem ser realizadas a qualquer hora.
Trilha do Vinhático
Essa trilha recebe seu nome devido ao grande volume de vinháticos, que são árvores da família das leguminosas, normalmente de grande porte e madeira avermelhada, encontradas no caminho.
A trilha conta com cerca de 1 km de caminhada e seu acesso só é permitido com acompanhamento de um monitor e em grupos de, no máximo, 15 pessoas.
Trilha do Pescador
Para uma trilha mais leve, a Trilha do Pescador é ideal. Localizada também no Parque Estadual do Rio Doce, ela corta uma área de vegetação secundária e tem pontos à margem da lagoa Dom Helvécio.
A trilha conta com mata fechada, mas não há necessidade do acompanhamento de monitores do parque.
Como chegar no Parque Estadual do Rio Doce?
O Parque está na região do Vale do Aço, inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo e fica a cerca de 240 km da capital. Vale a pena alugar um carro saindo de Belo Horizonte e apreciar a paisagem até o local de destino.
O Parque é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas do estado, e você pode passar o dia ou dormir nas instalações locais.
O local tem um Camping com uma área para 500 pessoas. O valor para passar o dia é de R$ 10,00, já para dormir, paga-se mais R$ 15,00.*
Conhecer a natureza, ter maior contato com trilhas, lagoas e ar fresco é uma ótima opção de passeio para o seu fim de semana ou feriado.
Você já pensou em conhecer o Parque Estadual do Rio Doce? Aproveite nossas dicas e planeje já a sua viagem para essa beleza natural!
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*Valores referentes ao período de criação do artigo: Dezembro de 2018