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Como a depreciação de veículos pode impactar sua frota?

7 minutos para ler

O gestor de frotas enfrenta muitos percalços para administrar o transporte. Consumo excessivo de combustível, necessidade de manutenção corretiva, rotas mal planejadas, perigo de assalto nas estradas e infraestrutura precária das rodovias são alguns exemplos.

Outro problema é a depreciação de veículos. Embora alguns gestores não cheguem a considerar esse ponto como uma prioridade, isso pode realmente interferir negativamente no negócio, causando elevados prejuízos. Veja como esse contratempo pode impactar a sua frota:

O que é a depreciação de veículos?

É importante compreender o que significa a depreciação de veículos. Ela é a desvalorização de um bem. Na prática, a partir do momento em que um produto sai da loja ou concessionária, ele começa a perder o seu valor, principalmente considerando o uso constante dos veículos.

Dependendo do tipo de produto, a depreciação pode ser mais rápida ou mais lenta. Quanto mais usado for um veículo, mais ele tende a se degradar, pois existem mais fatores de desgaste (danificação das peças, acidentes, desgaste dos pneus e assim por diante).

Isso não significa, no entanto, que o gestor precise trocar toda a frota apenas porque ela perdeu o valor. A compra de veículos novos deve acontecer em casos mais extremos, quando houver perda de produtividade, riscos à segurança do motorista ou necessidade de ampliação da frota, por exemplo.

Como isso pode impactar a frota da empresa?

O descontrole em relação à depreciação pode gerar muitos transtornos para a empresa. Acompanhe os tópicos seguintes e entenda melhor.

O veículo perde valor de revenda

É impossível revender um veículo pelo mesmo preço que ele foi comprado. Geralmente, 20% desse valor se perde quando o veículo deixa a loja ou concessionária. Além disso, com o uso do bem, ele certamente apresentará avarias e defeitos.

Para o gestor de frota, ele deve considerar a possibilidade de renovar a frota regularmente a fim de continuar atendendo a clientela conforme as suas necessidades e expectativas, assegurando maior produtividade. Ainda que a revenda dos veículos mais velhos diminua os custos dessa renovação, a depreciação de veículos trabalha contra a empresa nesse sentido.

A manutenção se torna mais cara

A depreciação de veículos contribui para que visitem cada vez mais as oficinas mecânicas. Com o tempo, a situação do veículo tende a piorar e as manutenções se tornam mais caras — considerando que são mais frequentes.

Quanto mais antigo for um veículo, mais cara será a sua manutenção, pois haverá mais dificuldades para encontrar as peças e até para encontrar profissionais que trabalhem com ele. As manutenções de veículos mais rodados se tornam mais caras e complexas. As operações acabam perdendo produtividade, e aumentam os custos e a ociosidade (pois, para efetuar manutenções corretivas, o veículo ficará inativo por um tempo).

Até para manter manutenções preventivas, os veículos usados consomem mais recursos, considerando que eles sempre estarão mais sujeitos a quebras e a danos.

Veículos desgastados ou mais antigos podem consumir mais combustível

O aumento no consumo de combustível é uma das consequências da depreciação de veículos. Os veículos mais novos apresentam maior eficiência nesse sentido, bem como opções de substituir o tipo de combustível usado por uma opção mais econômica.

Além do mais, o veículo em depreciação tende a oferecer mais problemas que podem afetar negativamente o consumo, como problemas com pneus, freios e embreagem. A queda no desempenho tende a provocar aumento no consumo de combustível. Os custos com o combustível podem ser muito altos, tornando a operação de transporte uma das mais caras no processo logístico.

A frota apresenta menor eficiência

Os carros mais novos são melhores em diferentes aspectos, incluindo tecnologia, eficiência energética, desempenho e compatibilidade tecnológica (por exemplo, integração com aplicativos mobile e recursos wireless).

Os veículos mais velhos acabam, portanto, desatualizados, o que representa menos vantagem competitiva em relação à uma frota mais atualizada e moderna. A depreciação de veículos resulta, assim, em perda de eficiência e produtividade, bem como em redução na lucratividade.

Um veículo menos ágil, com poucos recursos tecnológicos, com funcionalidades mais limitadas terá que enfrentar uma grave desvantagem operacional quando comparado a um veículo atualizado.

Como acompanhar a depreciação dos veículos?

A depreciação de veículos é, na verdade, o maior custo fixo de uma frota. A desvalorização pode, em longo prazo, representar um elevado prejuízo para a empresa. Por esse motivo, é fundamental acompanhar de perto a depreciação de veículos, de modo a minimizar riscos e a adotar atitudes que evitem maiores prejuízos, comparando com os custos de manutenção e operação.

O que a depreciação pode mostrar

A depreciação pode ser considerada, portanto, como uma métrica para o gestor de frota. Ela pode servir para mostrar qual é o momento mais adequado para revender o carro e comprar um novo. Outra métrica mais abrangente também pode ser observada: o ciclo de vida. Essa é a mais importante métrica para calcular e controlar custos e envolve, além da depreciação, custos com o veículo, os motoristas e a manutenção.

Como fazer o cálculo da depreciação

Para calcular a depreciação de veículos, o gestor pode usar uma fórmula gerencial, que permite saber o quanto a frota sofre mensalmente em depreciação. Esse valor poderá ser considerado um custo fixo mensal para calcular o frete (a depreciação também pode interferir no preço do frete).

A fórmula é: depreciação = (valor de compra – valor de revenda) / período de uso

Considere um veículo que, em 2011, valia R$ 50 mil. Digamos que o gestor estipula um prazo de 5 anos (60 meses) para trocar o seu veículo. Em 2016, o mesmo veículo tem um preço de revenda correspondente a R$ 30 mil. Houve uma desvalorização, em 5 anos, de R$ 20 mil. Para considerar a depreciação de veículos como um custo fixo mensal, no entanto, é preciso aplicar a fórmula:

Depreciação = (50.000 – 30.000) / 60 = R$ 333,33 ao mês (custo fixo mensal de depreciação).

Para saber qual o valor médio de um veículo, a Tabela Fipe pode ser consultada pela internet. Já uma depreciação contábil pode ser feita com base na tabela estabelecida pela Receita Federal. Essa tabela diz que veículos de carga sofrem uma depreciação de 20% ao ano em um prazo de 5 anos.

O que mais pode ser feito para solucionar o problema?

Uma das melhores soluções para combater a depreciação de veículos é a terceirização da frota. Nesse caso, o gestor não terá uma frota própria para gerenciar, nem terá que se preocupar com cálculos de manutenção preventiva, de combustível, troca de pneus, nem com o grande desgaste das demais peças veiculares.

Essas preocupações são da empresa terceirizada que disponibiliza os veículos. Os custos tendem a cair para a empresa contratante, cuja preocupação maior será pagar pelos serviços de transporte contratados, sem perder tempo, nem dinheiro com diferentes cálculos para evitar prejuízos.

Se a terceirização é uma solução excelente para as pessoas jurídicas, a pessoa física também pode solucionar o problema da depreciação de veículos fazendo locações mensais, nos momentos em que for necessário. Como a locadora compra no volume, é especializada na atividade e faz um giro ótimo dos veículos, consegue diminuir o impacto da depreciação. Assim, você sempre terá veículos ótimos ao seu dispor.

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