Tendo em vista as frágeis condições de infraestrutura dos transportes públicos no Brasil, optar pela utilização de um veículo torna-se uma opção frequente entre as pessoas que buscam conforto, praticidade e rapidez de deslocamento nos espaços urbanos.
O carro é um patrimônio de uso contínuo. A partir de sua aquisição na concessionária, inicia uma trajetória decrescente de valor devido aos desgastes naturais e interesse dos consumidores em adquirir novas tecnologias disponíveis no mercado.
Portanto, como calcular sua desvalorização e lidar com a expectativa de vida útil do bem? Veja algumas informações e dicas de como calcular depreciação do veículo:
Detalhes analisados na composição do preço
Por mais que o fenômeno da desvalorização seja comum a todos os veículos no mercado, há elementos que levam alguns modelos a perder valor mais rápido que outros.
É a lei econômica da oferta e demanda, na prática. Por exemplo: se existe maior interesse por um seminovo, ele desvalorizará menos. Já os modelos de baixa procura — que demoram mais tempo para deixar o estoque das fábricas — tendem a perder mais valor.
No entanto, a dinâmica que envolve a quota de depreciação veicular também atende a outros requisitos. São eles:
- idade dos projetos: modelos modernos, com tecnologias recentes e motores mais eficientes, tendem a ser mais procurados pelos consumidores e menos desvalorizados
- fator de percepção do mercado: quando as montadoras dispõem de mão de obra, peças de reposição e serviços de pós-venda eficientes e com bom custo, os automóveis apresentam desvalorização menor;
- durabilidade: veículos que demandam manutenção menos frequente têm o coeficiente de depreciação menor;
- preferência dos consumidores: há determinados segmentos no mercado (SUV’s e crossovers, por exemplo) que, além de apresentarem um número alto de vendas de carros novos, têm boa receptividade no segmento dos seminovos — o que ajuda a reduzir o índice de desvalorização.
De forma geral, o efeito da depreciação é diretamente influenciado por fatores e características do mercado de veículos.
Quando a introdução de novas tecnologias acontece em um ritmo acelerado — no caso de cenários mais desenvolvidos, como Estados Unidos e continente europeu —, os produtos ofertados ficam obsoletos em um ritmo mais acentuado. Assim, a desvalorização dos automóveis tende a ser maior.
No caso do Brasil, as montadoras trabalham constantemente e lançam novos veículos com frequência. Dada a periodicidade de renovação dos modelos, é um cenário que aproxima-se cada vez mais dos mercados internacionais. Como consequência, há uma tendência de reajuste nas taxas no momento de calcular depreciação do veículo.
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Índice estimado no cálculo da desvalorização
Normalmente as contas são realizadas utilizando a tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para haver uma base de comparação dos preços praticados no mercado brasileiro. Na formação e composição dos índices, são avaliados diversos fatores que podem influenciar nas condições de demanda e oferta dos bens.
Analisando devidamente os dados disponíveis no mercado, percebe-se que, no geral, a desvalorização de um veículo zero é mais acentuada nos dois primeiros anos, e a taxa atenua-se ao longo do tempo. Portanto, é fundamental ficar atento no momento de negociar a compra ou venda, a fim de minimizar as perdas resultantes da negociação.
Fatores observados para a depreciação
Na hora de analisar o progresso da perda de valor como um todo, é fundamental observar não só os valores da tabela FIPE, como também os seguintes parâmetros:
Quilômetros rodados
A distância percorrida pelo automóvel tem relação direta com seu estado de desvalorização no mercado. Normalmente, carros mais antigos têm maior quilometragem percorrida e, consequentemente, maior depreciação acumulada.
Grau de conservação
Os itens mais observados pelos compradores de automóveis seminovos são:
- estado da pintura externa;
- amassados e arranhões no chassi;
- aspecto geral dos estofados e painel;
- estado da mecânica de uma forma geral.
Assim, a perda de valor pode ser atenuada investindo na manutenção preventiva, não só estética como também mecânica (substituição periódica de itens como pneus, amortecedores, óleos e pastilhas). Assim, ao longo da vida útil, o veículo preserva seu estado de utilização por mais tempo.
Garantia do fabricante
Um dos fatores que despertam interesse nos potenciais clientes das montadoras é a garantia oferecida no momento da compra. Em média, são oferecidos prazos de 1 a 5 anos.
Durante esse período a fábrica é responsável por arcar com custos relativos à manutenção corretiva. Sendo assim, são garantidos os serviços caso haja alguma falha nos componentes do veículo.
O responsável pelas revisões e trocas preventivas — que têm como objetivo evitar problemas futuros e reduzir a possibilidade de degradação do bem — é o proprietário. Portanto, tenha atenção ao estado de conservação porque ele pode diminuir a atratividade do mercado no veículo e influenciar diretamente na cota de desvalorização.
Marca do automóvel
O proprietário também deve estar atento à relação existente entre a montadora que produziu o carro e o grau de depreciação.
Normalmente, as marcas importadas e de luxo, apesar do padrão de qualidade acima da média, têm desvalorização mais elevada. Isso acontece porque o acesso à assistência técnica especializada e peças de reposição é menor, e os valores de seguro e IPVA são mais caros.
Local e estado da aquisição
Quando se fala das maneiras de calcular depreciação do veículo, é importante observar que pode haver diferenças no valor do novo por causa do preço do frete. Isso acontece devido à distância entre as montadoras e os municípios onde as vendas são realizadas.
Por exemplo: se uma empresa produz na região sul do país, seus modelos de veículos vendidos no norte terão cotação maior.
Também existem bens que têm maior ou menor valor de revenda devido às características e preferências locais dos consumidores. Pode ser, por exemplo, que uma caminhonete valha menos (e tenha maior taxa de desvalorização) em um município onde a população opte por veículos de menor porte.
Cor e pinturas customizadas
Outro fator a ser analisado é a opção em relação à cor do bem. Existem pessoas que preferem coloração clara ou escura, dependendo do clima da cidade e do gosto pessoal. Portanto, pode ser que veículos cujas cores sejam menos populares em determinado grupo depreciem mais rapidamente, dada a baixa demanda.
Tendo em vista a estimativa de taxas anuais de desvalorização e a complexidade de fatores específicos que causam essa variação, pode-se chegar a uma situação na qual, no momento da venda, o cliente encontre uma depreciação maior que a esperada.
Por isso, cada vez mais pessoas optam pelo aluguel de veículo em curtos períodos ou em planos mensais/anuais. Os gastos relativos a um modelo alugado são menores pelo fato de a locadora arcar com as responsabilidades legais de documentação e despesas com manutenção preventiva, desvalorização e desativação do veículo. Isso faz com que a única preocupação do cliente seja chegar ao local desejado em segurança.
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