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Manutenção preventiva de veículos e frotas: 7 pontos que merecem atenção

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A manutenção preventiva de veículos e frotas é um trabalho complexo para um gestor, já que o transporte é a etapa logística mais cara da cadeia produtiva. É fundamental, por isso, uma gestão eficaz que procure economizar recursos financeiros sem afetar a qualidade das entregas.

A seguir, destacamos 7 pontos que merecem a atenção do profissional responsável. Postos em prática, eles podem tornar esse trabalho ainda mais eficiente. Confira!

1. A manutenção preventiva é um ponto importante

A manutenção preventiva é um importante ponto a considerar, pois ela permite acompanhar os problemas do veículo e antecipar-se a eles, prevendo manutenções e ajustes. Assim, o gestor terá menor possibilidade de chegar ao fim do mês com uma planilha de custos muito alta, superando os valores esperados para os gastos.

Além disso, a manutenção preventiva otimiza a produtividade, pois gerencia riscos e reduz as chances de que os veículos venham a sofrer danos, atrapalhando e atrasando o processo de entregas, o que causa insatisfação aos clientes.

Certos itens devem ser considerados na manutenção preventiva, são eles:

  • filtros (de cabine, de ar do motor, de combustível, de óleo, de freio);
  • alinhamento e balanceamento;
  • freios (fluido, pastilhas, disco, lonas e sapatas);
  • rodízio e troca de pneus;
  • lâmpadas;
  • líquido do limpador;
  • amortecedor;
  • velas de ignição;
  • palhetas (limpadores traseiro e dianteiro);
  • sensor MAF (fluxo de ar no motor);
  • fluido de arrefecimento;
  • óleo de direção;
  • correias (direção hidráulica, ar condicionado, alternador, sincronizadora);
  • óleo de câmbio/diferencial;
  • bateria;
  • mangueiras.

Existe um período específico para que seja feita a manutenção nesses itens, por exemplo, depois de o veículo percorrer 10.000 km, 20.000 km, 30.000 km ou 60.000 km. Muitas peças sofrem desgaste natural e a manutenção de frotas deve considerar esse aspecto na medida em que os veículos são usados com frequência.

As operações de manutenção preventiva (e manutenção corretiva) devem ser realizadas por profissionais capacitados, seja na própria empresa, seja em oficinas mecânicas especializadas e confiáveis, a fim de garantir a segurança do condutor.

2. O treinamento dos profissionais faz parte da manutenção de frotas

Essa estratégia contribui para reduzir gastos com reparos e prolongar a vida útil dos veículos, pois motoristas bem treinados sabem conduzir com mais cuidado, evitando acidentes, infrações e penalidades. Esses profissionais têm muita responsabilidade enquanto guiam o veículo pela estrada e podem ajudar na conservação das peças e dos pneus.

Um treinamento eficaz considera pontos como:

  • boas práticas de direção e de uso dos carros, incluindo a direção defensiva;
  • cuidados com os pneus (calibração, balanceamento, alinhamento);
  • atenção com o limpador de para-brisa, pois muitos acidentes decorrem de visibilidade difícil devido ao desgaste das palhetas;
  • uso correto do câmbio a fim de não prejudicar peças, nem aumentar o consumo de combustível;
  • regulagem do retrovisor para otimizar a visão de outros veículos;
  • respeito ao limite máximo de velocidade, entre outros.

3. O monitoramento da frota é fundamental

Para a correta manutenção de frotas, o gestor deve saber por onde andam os veículos, qual o seu paradeiro, se estão efetivamente seguindo a rota traçada, se precisam de algum suporte ou enfrentam alguma situação difícil.

Para realizar o monitoramento, é preciso o uso de certos recursos tecnológicos, como sistemas de rastreamento via satélite GPS (Global Positioning System) ou radiofrequência, computador de bordo, aplicativos móveis que facilitam a comunicação entre o motorista e a central da empresa.

Esses sistemas ajudam a inibir a ação de assaltantes, já que permitem rastrear o veículo onde quer que ele esteja. Alguns recursos permitem até o travamento automático do carro, impedindo que criminosos levem o veículo.

Isso conduz à necessidade de um bom sistema automatizado de gestão, como TMS (Sistema de Gerenciamento de Transporte), ERP (Sistema de Gestão de Empresas) e diferentes softwares que funcionam na nuvem ou instalados em equipamentos físicos. Eles não só ajudam a rastrear/monitorar os veículos, mas também a fazer uma gestão integral dos procedimentos que envolvem o transporte.

4. O uso de indicadores ajuda a mensurar resultados

Outro ponto a abordar é a utilização dos indicadores apropriados para mensurar os resultados e confirmar se as metas planejadas estão sendo cumpridas. A gestão eficiente necessita de números, pois apenas assim é possível mensurar tudo o que está sendo monitorado.

Entre os indicadores e pontos que devem ser medidos, podemos citar:

  • os custos;
  • o estoque de peças;
  • as horas extras;
  • o tempo de ociosidade da frota;
  • o tempo de entrega das peças e outros.

Os indicadores permitem ao gestor tomar as decisões mais acertadas, a definir as áreas que necessitam de planos de ação, a planejar os investimentos mais vantajosos (principalmente em treinamentos), a aplicar corretamente recursos na infraestrutura e assim por diante.

Dessa forma, tanto os recursos serão mais bem direcionados, como o foco do gestor estará sobre os assuntos mais importantes, ou seja, aqueles que necessitam de intervenção urgente.

5. A manutenção abrange diferentes tipos

A manutenção de frotas pode envolver os três tipos de manutenção: a manutenção preventiva; a manutenção corretiva e a manutenção preditiva.

A manutenção preventiva acontece de maneira antecipada a algum problema, gerenciando riscos e evitando custos maiores. Na maior parte das vezes, ela acompanha o Manual do Fabricante.

A manutenção corretiva é aquela realizada quando foi detectada alguma falha no carro e torna-se necessário intervir com algum conserto ou troca de peças.

A manutenção preditiva é realizada a partir de um monitoramento regular da frota por meio de inspeções. Ela contribui para maior economia no controle de frotas, evitando o descarte de alguma peça e a redução na vida útil de algum componente.

6. Os cuidados com os pneus e o combustível

Finalmente, para efetuar a manutenção de frotas mais adequada, o gestor deve seguir as sugestões abaixo, especificamente sobre os pneus e combustível:

  • use combustível de boa qualidade, pois os de má qualidade podem ter solventes ou contaminantes em sua composição, produtos que ajudam a deteriorar peça do sistema de injeção (a primeira consequência disso é o maior consumo de combustível);

  • conheça o consumo médio da frota, conforme cada modelo de veículo;

  • use o pneu certo em cada aplicação, com carcaça e banda de rodagem indicadas conforme a carga, o tipo de terreno, o tipo de eixo (tração, livre ou direcional);

  • retire o pneu no momento adequado para recapagem para assegurar maior sucesso na recapabilidade;

  • conheça bem as marcas de pneus, modelos de carcaça, bandas de rodagem dos veículos da frota;

  • saiba como é o desempenho dos pneus reformados, qual seu custo por cada quilômetro, a quilometragem média por vida útil, o índice de recapagens e quais os motivos de perdas de carcaças;

  • faça a manutenção frequente da pressão dos pneus (muitas perdas de pneus são decorrentes de pressão irregular);

  • faça rodízios;

  • inspecione com regularidade os pneus, buscando encontrar danos na carcaça e na banda de rodagem.

7. O investimento na terceirização

Finalmente, recomenda-se ao gestor adotar uma prática que já vem sendo aplicada por diversos gestores de logística no Brasil e no mundo: terceirizar a gestão de frota para evitar preocupações e gastos desnecessários com manutenções.

Uma empresa terceirizada que gerencia frotas assume a responsabilidade pela aquisição e licenciamento dos veículos e também pela manutenção deles, bem como pela administração dos possíveis sinistros e multas.

Ou seja, a empresa terceirizada faz o trabalho, responsabilizando-se também pela venda dos veículos no tempo certo, de modo que o gestor não perca muito com a depreciação. Atualmente, as garantias para alguns veículos chegam a 5 anos — um período relativamente longo. É importante realizar as manutenções adequadas nos carros durante todo esse tempo, para assegurar o direito a essas garantias de fábrica.

Quando terceiriza a manutenção de frotas e a gestão delas, o gerente de logística dispõe de mais tempo para outras atividades e consegue otimizar os custos com transporte. Como gestor de logística, é muito importante estar atento a variáveis que poderão influenciar na manutenção de frotas. Por isso, observar todos os pontos citados pode ser a garantia do sucesso de uma boa gestão.

 

E você, já aplica alguns desses pontos no seu trabalho com frotas? E, por que não, aproveitar para saber mais sobre depreciação de veículos?

 

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